"Paixão"
O título:
Paixão
O mote:
É profundo esse olhar de soslaio que me lanças.
Penetras com facilidade no peito armadilhado,
Desnudas-me ávida até a alma… Agora ávida de ti.
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O prólogo:
Recinto cheio, gentes, cores, odores.
Recinto cheio, ruídos indistintos.
Bebidas sorvidas até a embriaguez.
Nada se distingue. Uma outra hora.
Mas tudo tem um fim.
Abrupta e gentil, espera finaliza, sem aviso.
Distinto porte, rio luminoso de encantos.
Tua camisola rubra efervesce meu sangue.
Teu primeiro olhar, batalha na íris do meu, batalha na íris do teu.
Ausenta-se o fumo a tabaco.
Corto essa nuvem que me separa de ti.
Sorvo esse ar até ao teu decote. Ai! Falta-me o sopro por um momento!
Embriagado nesse teu original perfume a Rosas, faço minha morada, monto minha tenda, preparo o cerco…
Suor derretendo e tremendo por dentro.
A espada é já tua a batalha também.
Abraço essa Rosa que portas nos lábios antes do bater do sino e do fechar da porta.
Em noites assim é eterna a Paixão.
Marcada a fogo, essa camisola rubra e esse olhar de soslaio
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