"Marginalidade"
Pontes ligam-nos e pontes separam-nos.
Quem dera uma ponte para me atravessar.
Rasgar estas duas margens…
Emoção e discurso.
Estripados siameses.
E depois de novo irmanados.
Unidos nesse umbigo de concreto e ferro.
E candeeiros, muitos candeeiros curvilíneos, de largas lâmpadas xénon.
Pontes apartando e costurando.
Suturas de feridas descarnadas.
Peles e dentes.
Gengivas sangradas.
E pequenos nadas.
Pontes… Rasgos de pequena luz fútil de ambição etérea.
Quem dera uma ponte para me unir de novo com essa margem.
Marginalidade.
Amor e desamor. Saber e perguntar.
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