The Painted Veil
Véu de mil tons pastel.
Em cada cor asfixia.
Em cada cor desespero.
Em cada cor ilusão de alegria.
Véu de mil tons, todos eles pastel.
Palavras e sentimentos, delicados gestos e perdição de luxúria.
Asfixia, desespero e ilusão de novos dias.
Véus mil.
Véus que ocultam e que revelam.
Vida do rio e da floresta, um casal que não se sabe amar, simbiose imperfeita.
Vida em rosto sem fé, em terra sem água, em existência sem sanidade.
Vida em gotas de orvalho, em lágrimas no rosto, em marcas do tempo.
Véu pleno de tons pastel que tudo tomam, que tudo abraçam, que tudo sugam e que tudo acolhem.
E dias atrás de dias, correr de tempo intranquilo e cada vez um pouco mais mutável.
E dias após dias, percorrer sem medo trilhos, selvas, madrugadas.
Véus pastel na tristeza de um amanhecer frio.
Véus pastel na tristeza de um amanhecer frio.
E a carência de um abraço.
E a carência de um abraço.
posted by Marinheiro at 15:02
2 Comments:
Finalmente tive oportunidade de ver este filme... é demorado e intenso, mas muito bonito, imperfeito como a vida, realista como ela.
Consigo ainda fechar os olhos e recordar tantas cenas do filme, não como espectador, mas como personagem.
É assim que se definem os grandes filmes da nossa vida, os que nos marcam pelos anos adentro.
Este ainda mais por ser tão imensamente realista, tão imensamente gigante.
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