2012-01-10

Esperança

Ano Novo, mesmos desejos, doze passas, mesmos sorrisos, mais ruga menos ruga, mais suspiro menos suspiro.
Ano Novo, doze badaladas, por quem tocam os sinos? Portugal, Portugal, (ó mar salgado quanto do teu sal são lágrimas de Portugal?) Europa, Europa, que Zeus é esse que te leva cativa?
E brindamos. Vivos, vivos, revoltos oceanos.
E brindamos. Passas, bolos, açúcar aos rodos.
E brindamos. Um dia um dia morreremos e logo ressuscitamos.
Ano Novo, cantos, cantos, palavras doces, palavras salgadas.
No horizonte, pessoas amadas, no horizonte, medo de noites amargas.
Ano Novo, passas muitas passas, correm uvas secas por aqui a dentro.
Um dia novo, uma noite nova, luz e escuridão.
Mas no fim só uma cor, só um sentimento, só uma palavra:
Esperança