2004-07-01

Alcobaça

Ginga de Alcobaça.
Uma amiga.
Entre o rio Alcoa e o rio Baça.
Dizem que se unem na vila.
Outros dizem que a vila se separando com seu nome os baptizou.
Não sei.
Recordo o odor da névoa perto do convento.
Sabe-me a açúcar.
Lábios que nunca provei.
Lábios que jamais provarei.
“Helcobatiae”
Adeus.
Esvazio um copo.
E outro.
É linda esta Ginga.
A tua.
Faz já tantos anos.
Foi Natal.
Foi adeus.
É agora um adeus final.

Fundo de copo transparente.