2005-01-30

"Sol"

O brilho intenso do Sol diz-me ser já dia.
Mas não quero!
Não quero já este dia.

Futilidade da velocidade da vida.
O que foi já não é.
Renascimentos demasiado rápidos.

E nós?
Eu e tu onde estamos?
Onde nos perdemos?

O brilho intenso deste dia cega-me.
Queima-me a pele e a íris.
Ontem já não é.

Temos de abraçar outro destino, outra vida, este dia novo.
Ou então…
Morrer nessa tentativa.

Porque é tão fútil a noite de nossos contentamentos?
Ar quente impregnado de fragrâncias, incensos, sal, suor…

Dia!
Não o quero já.
Não me ouve a vida.

Não a quero já.
Dia!

Morte ao Sol.
Morte debaixo deste Sol.