"Sol"
O brilho intenso do Sol diz-me ser já dia.
Mas não quero!
Não quero já este dia.
Futilidade da velocidade da vida.
O que foi já não é.
Renascimentos demasiado rápidos.
E nós?
Eu e tu onde estamos?
Onde nos perdemos?
O brilho intenso deste dia cega-me.
Queima-me a pele e a íris.
Ontem já não é.
Temos de abraçar outro destino, outra vida, este dia novo.
Ou então…
Morrer nessa tentativa.
Porque é tão fútil a noite de nossos contentamentos?
Ar quente impregnado de fragrâncias, incensos, sal, suor…
Dia!
Não o quero já.
Não me ouve a vida.
Não a quero já.
Dia!
Morte ao Sol.
Morte debaixo deste Sol.
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