2005-03-22

"Setas"

Setas em fogo, traçam errados trilhos rumo a essa carne já fétida de perdida.
Não lhe chamem futuro.
Abnegado odor a carne queimada.

Setas em fogo, tracejantes.
Vitória sem moral, sem estratégia, politica de mundo imundo.

Chamem-lhe casa, carro, barco, férias, dvd’s, filmes de muitos artistas…

Setas, a arder.
Sangue podre, em bolsa imunda.
Alma vazia de sentido e direcção.

Empate com sabor a vitória, chamem-lhe amoral.
Empate moral.
Amoral.

Ninguém sobrevive.
Setas em fogo.
A arder.

Chamem-lhe país, cidade, lugrebe.

Cidade de anjos, a música que me embriaga, travo a Bacardi Gold, quente terra ao Sul.
Praias, os desertos, os contentamentos.

Setas esfarrapadas em labaredas.

Que arda o futuro se não morrer já no presente!