"Setas"
Setas em fogo, traçam errados trilhos rumo a essa carne já fétida de perdida.
Não lhe chamem futuro.
Abnegado odor a carne queimada.
Setas em fogo, tracejantes.
Vitória sem moral, sem estratégia, politica de mundo imundo.
Chamem-lhe casa, carro, barco, férias, dvd’s, filmes de muitos artistas…
Setas, a arder.
Sangue podre, em bolsa imunda.
Alma vazia de sentido e direcção.
Empate com sabor a vitória, chamem-lhe amoral.
Empate moral.
Amoral.
Ninguém sobrevive.
Setas em fogo.
A arder.
Chamem-lhe país, cidade, lugrebe.
Cidade de anjos, a música que me embriaga, travo a Bacardi Gold, quente terra ao Sul.
Praias, os desertos, os contentamentos.
Setas esfarrapadas em labaredas.
Que arda o futuro se não morrer já no presente!
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