2005-06-28

"Ausências"

Ausências.

Ausências até de mim.
Falha o ar de rarefeito.
Foge o suor melado e cansado.

Ausências, recantos de memórias, faladas, cantadas, agora parecem esgotadas, ausências de mim.

Chove e faz Sol. Até o tempo anda ausente de si.

Amo e choro.
Sentimentos evaporam-se em nuvens.
Existem. Deixam de existir. E chovem em catadupa.

Ausências.
Várias.

Só a alma nunca foge, lentamente se dissolve em álcool e saliva.
Bocas de mulheres a arder.
Bocas de garrafas a arder