"Alvorada"
Na alvorada te encontrei, na alvorada te abracei, na alvorada te deixei partir.
Na alvorada, onda vem, onda vai. Anos e anos, rendilhados retratos bordados a grãos de areia e conchas do mar.
Na alvorada, onda chega, onda parte. Dias e dias, folhas vazias e depois cheias, conchas com vida, conchas sem vida.
Na alvorada vi-te chegar. Sorriso terno e caminhar pouco firme. Rosto elevado, carregado nas asas do vento.
Na alvorada música indecisa e indelicada, mensagem de fundo disforme, labaredas, suor, ruído e o ritmo pacifico da maré.
Na alvorada caracóis, cabelos, face, aconchegos de tantas luzes, nascimento e descoberta.
Na alvorada, íris, magia, fragrância, minhas mãos em teu alvo e gentil rosto. Pele, delicada delicia. Supremo e sublime deleite.
Na alvorada, lábios, beijos, perfume, calor. Pele, tua na minha, infusão, licor.
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