2008-11-22

Ah!


Ah!
Palavras.
São apenas palavras se não as transformarmos em actos.
Teatro da vida.
Palavras, um quê de emoções, um quê de fantasia e vento.

Ah!
Palavras.
Benditas!
Agora meu único alimento.

E se faço minha morada na encruzilhada, poderá ser para te ver descer a rua, poderá ser para ouvir teus passos no corredor, poderá ser para sentir teu perfume do outro lado da linha do telefone.

E se faço nessa morada um jardim rubro, poderão ser rosas, poderá ser sangue, poderão ser tulipas rebeldes, poderá ser apenas uma ilusão.

Ah!
Palavras.
Sangue, só de lábios.
Sangue, só de vida.
Sangue. Só.

Oceânico destino, sem começo nem fim. Vislumbrei-te num qualquer dia de nevoeiro, perto do Rio Ave… Oceânico destino, onde matei uma aliança, uma memória, uma data…
É sempre incomensurável esse dia. O da aliança, junto ao forte. Foi bênção, foi maldição. Agora é perdão.

Sangue, pois que corra.
Que corra e que fuja.
Veia adentro, veia afora.

Faço minha morada perto do teu fado. Ouço-o mesmo quando o tiritas quase em surdina. É o nevoeiro meu amor, é o frio do Oceano e do Rio.

Se soubesses… Se soubesses, sei que fugirias. Mais ainda. Rumo ao céu, rumo ás montanhas, terra adentro, longe deste Oceano. Veia afora. Veia afora.

Sangue. Só. Isso.

Beijei-te um dia.

Beijei-te um dia.

1 Comments:

Blogger Ginurse said...

"Ah" Sua poesias continuam a encher minha vida de cor e alegria.
Beijos brasileiros

4:33 da manhã  

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