2005-12-19

"Cruel"

A cruel verdade é que não te deixarei de querer enquanto não te tiver.

Chama-lhe obsessão, chama-lhe sonho irreal.

Não deixarei.

Como se fosses o último laivo de luz, Rubi a lapidar em madrugadas sem fim, sem sono, escura noite de promessas.
Teu olhar claro, única salvação, única esperança, única fé possível, neste decadente fim do mundo.

A cruel verdade, é que entre obsessão e outras cegueiras só tu és eterna em todos os despertares.

A cruel verdade, é que esse céu laranja e rubro, tem teu nome, e a rebentação do Oceano ecoa todas tuas palavras.

Chama-lhe obsessão, chama-lhe sonho irreal.

Não consigo estar só. Não consigo ouvir-me pensar.

É uma doença que só morreria em teus lençóis. Um dia. Um dia. Daqui a muito anos talvez.
Talvez o permitas, talvez o concedas.
Talvez o permita, talvez o conceda...