"Cruel"
A cruel verdade é que não te deixarei de querer enquanto não te tiver.
Chama-lhe obsessão, chama-lhe sonho irreal.
Não deixarei.
Como se fosses o último laivo de luz, Rubi a lapidar em madrugadas sem fim, sem sono, escura noite de promessas.
Teu olhar claro, única salvação, única esperança, única fé possível, neste decadente fim do mundo.
A cruel verdade, é que entre obsessão e outras cegueiras só tu és eterna em todos os despertares.
A cruel verdade, é que esse céu laranja e rubro, tem teu nome, e a rebentação do Oceano ecoa todas tuas palavras.
Chama-lhe obsessão, chama-lhe sonho irreal.
Não consigo estar só. Não consigo ouvir-me pensar.
É uma doença que só morreria em teus lençóis. Um dia. Um dia. Daqui a muito anos talvez.
Talvez o permitas, talvez o concedas.
Talvez o permita, talvez o conceda...
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