MACBA
Museo d’Art Contemporani de Barcelona
“Un Teatro sin Teatro”
coproduzido pelo Museu Berardo de Lisboa
Um Teatro sem Teatro.
Uma amostra de arte moderna onde teatro e a arte visual se mescla.
E tantas questões surgem.
Um Teatro sem Teatro.
Nesta vida em que supostamente somos actores e espectadores, que o dia a dia é o palco. Onde se encaixa um Teatro sem Teatro?
E numa aventura do modernismo e do pós modernismo nos atiramos tanto como somos atirados.
Foram 7,5 Eur de entrada. Eu teria dado o dobro se soubesse o que me esperava.
O que ainda me espera agora que sinto e absorvo tudo que vi, ouvi e senti.
A arte como a vida não tem um preço.
E esse foi apenas o custo do bilhete de entrada, não de modo algum o custo da viagem ou do bilhete de saída, se o houvesse…
Um Teatro sem Teatro
Fase um:
Um Teatro sem palco apenas actores e espectadores. Como se fossemos corpos unidos pelo mesmo ar, pelo mesmo umbigo, pelo mesmo peito fundido, numa só mensagem, numa só emoção.
Fase dois:
Um Teatro de palco e de actores. Todos nos atropelamos nas nossas deixas e ditos, nas nossas emoções.
Esquecemos tempos idos onde não existia palco e tu e eu, nós éramos apenas actores e espectadores fundidos qual Adão e Eva. Somos caos. Somos caos de emoção. Somos caos de emoções. Nem uma nem outra criadoras.
O corpo e o seu meio.
Nossos corpos.
Que se mesclam mas não se unem.
Somos providos de boca e palavras mas não de ouvidos e compreensão.
Fase três:
Um Teatro de palco e reflexos.
Intrincadas e complexas relações. Dias e dias de ditos e palavras e de perda de emoções. Tudo isso e mais, tudo isso e uma catástrofe qualquer, nuclear, multinuclear, um caos que se nos submerge e que emerge acima de tudo o mais.
Queda o palco nada mais.
Minto.
Quedo o palco e reflexos de uma coisa qualquer.
Nem chega a ser reflexos do que fomos ou quisemos ser.
Não!
Não chega a tal longe. Mero reflexo de uma coisa qualquer.
Fase quatro:
Um Teatro, sem Teatro sem actores ou espectadores.
Omnipresente, Omnisciente, Omnipotente.
Como Ente Divino.
E dele toda a sapiência toda a existência toda a consciência.
Fase cinco:
O Nada que tudo consome.
O Nada que tudo alberga.
Nada que não é Nada.
Fase seis:
E agora?
E agora?
E agora?
Três vezes pergunta o artista qual Moliére do século XXI, tentando avisar os actores, tentando preparar o palco, tentando acordar o público.
E agora?
E agora?
E agora?
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