2005-08-29

"Magia"

Pedras rugosas, decepadas em formas rectilíneas.
Recanto na serra. Ruas estreitas e antigas, contam histórias ancestrais nas casas que as ladeiam. Magia.
Sobe encosta, desce encosta, passam anos, permanece a virtude inócua à decadência dos tempos. Chamam-lhe isolamento, chama-lhe inocência. Chamo-lhe perfeição.
A sua serra.

Nevoeiros densos e mil telhados tijolo. Anarquia de histórias e pregões perdidos no tempo, mas sempre sussurrados na neblina. Terra de mercadores e novos ricos. Quente vinho rubi, meu elixir. Um rio cheio desabafando no Oceano. Mil vozes, mil línguas, mil palavras, um sentimento não conforme, uma pronúncia peculiar. Cores rasgadas no coração. Magia.
A minha terra.