2006-12-03

"Promessa"

Atropelam-se os dias em suas rosadas alvoradas
E nos seus curtos reinos são senhores.

Nas bocas, palavras malvadas matam e ressuscitam outras alvoradas.
Florescer de Primavera sem flores, fim de ano, espumantes e fogos de artifício.

Tudo são estrelas, também elas rainhas e senhoras, viagem nocturna por outros sons e odores.
Frio. Arrepio na nuca em visão de sublime beleza.

Atropelam-se as palavras como os sentimentos. Ébrio. Sentidos em êxtase. Estrelas de alvoradas cálidas e rosa.

Tudo são bocas de prazer. Rainhas de palavras e sentidos. Emoções, reencontrados caminhos perdidos.

Erguem-se mãos em abraços. E não se apartaram esses corpos de eternos laços.
Como criaturas perfeitas esculpidas em ébano imortal.

Atropelam-se noites. Hálitos quentes de mil afagos e carícias. Dir-se-ia inferno de prazer. Mas não. Renasce o ano numa nova promessa perene.

Estrelas e brilho.
Promessa de Paz e Amor.