2004-09-30

"Agora"

Agora não me deitava.
Agora não dormia.
Agora não me limitava ao som do Mar.

Agora, não lia, não escrevia, não me diluía em suor.

Agora…

Era doce, melado sabor em tua boca de anjo papudo.
Era delicada asa dourada, azul, rosada, pena, tua nádega esquerda.
Era gentil e firme, auréola, luz, branca, inocente, tua nádega direita.
Era amado.

Colo alvo nessa brancura de neve, chama desperta em mágica sem igual, reflexo, curva, umbigo e púbis. Nascimento e ressurreição, meu sexo em ti neste momento.