"Sim"
Ver-te é desejar-te. Tocar-te é devorar-te.
Veres-me é sumir-se tudo o resto. Tocares-me é devorares-me.
Estares no alcance de um suspiro é o céu. Profano, quente e vermelho céu. Abençoado por mil querubins e mil mafarricos.
Passo no precipício final, seres esse alguém, só tu és esse alguém infinito e eterno.
Como a vida que renasce na íris de teus olhos, assim todas as madrugadas, como o incenso que queima sem fim.
Altar.
O Mar.
Em fúria como cabelos despenteados, renascendo nesses luares perfeitos desenhados na tua boca, feliz.
Umbigo, o teu, prazeres etéreos, em ti, em mim.
Mais além, fogo já no fumo de um sim.
Teu rosto e corpo delicado e gentil.
Sim.
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