Tudo o que vive reside no calor do Amor

Há um calor indescritível. Que nos invade e nos preenche. Chamamos-lhe Amor. E tem tantas faces como nós temos sorrisos. Amor de paixão, de carinho, de compaixão, de pai, de irmão, de amante.
Amor é onda indescritível. Nele reside o sentido de todas as coisas. Amizade, camaradagem, inocência, sapiência, nelas reside amor.
É um calor que nada descreve. Que apenas se pode viver.
Palavras, que saltam e que correm.
Que rimam.
Que por vezes se cansam de correr e mudar.
Não falam nem dizem.
Que tudo o que vive reside no calor do Amor.
Amor de saudade.
De abraço.
De beijo.
De terno e meigo olhar.
Amor de Sol, estrela verde.
Amor de praia.
Amor de rio. Pirâmides e o Nilo. Douro e a Foz.
Tudo num instante.
De calor.
Quente, quente.
Todo te preenche.
Sem Amor… Sobrevivemos, pálidos, lívidos, na realidade não vivos.

Amor calor de vida. De paixão, de compaixão, de alegria imensa.
Amor.
Nós.
Mãe terra.
Céu estrelado e pela vida noutros planetas coloridos como o nosso.

Tudo o que vive reside no calor do Amor.

Suspiro

Ai dia que termina!
Céu em labaredas!
Fragrância de rosas.
E de mimos doces.
Ai dia que termina!
Céu em fogo ardente!
Perfume de teu rosto.
Sabor de teu colo.
Ai dia que termina!
Suspiro que alucina!
Corre cidade pequenina.
Corre alma espertina.
Ai dia que termina!
E abraços.
E sois.
E nascem luas.
E estrelas.
Ai dia que termina!
E lábios quentes.
E olhos verdes.
E… Suspiro que alucina!

Dias como este

Não escrever nem sempre é parar de amar.
Não escrever nem sempre é parar de sentir e respirar.
Não escrever é tantas vezes o oposto.
A vida correndo em tons de ouro e jade.
Correndo tão rápido que entre o amanhecer e o pôr-do-sol temos apenas tempo para um suspiro.
Correndo tão rápido que estonteados, caímos do baloiço, eternas crianças de cabelo aos cachos.
Não escrever é amar mais, é correr mais, é ouvir, falar e sentir mais.
Quem diria que um dia, um dia como este, iria gostar de não escrever?