2006-07-30

"Chocolate"


De todos os encantos, de todos os doces, de todos os gestos e palavras, este suave veludo castanho conquista-me sempre e todos os dias.

De todas as cores, de todos os toques, não há carícia igual.

Ah Chocolate! Suprema tentação.

Melhor só mesmo Chocolate nas mãos de bela cozinheira…

"Mel e Fel"

O Mel e a Fel tocam-se. Posições? Todo um reportório.

Amantes e imãs. Nunca opostos, mesmo que sempre digam o contrário.

O caso do Mel e da Fel é Amor.

Como artérias e veias correndo atarefadamente cada qual no seu sentido, cada qual no seu labor.

Descobri-o hoje no inicio do dia

2006-07-27

"Amuletos"

Ele há cada amuleto da sorte mais estranho por aí...
Não acredito em sorte, nem em amuletos.

Mas acredito profundamente nas pesssoas, na sua dedicação, nas suas lágrimas, nos seus sorrisos, no seu suor...

Por isso...

Se pudesse escolher um amuleto da sorte escolhia-te a ti.
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Pequena sapinha verde e dourada...

2006-07-25

"Estrelas"


Como te dizer?

Com Estrelas?

Com Estrelas!

Sempre com Estrelas!

Ainda e mais e Sempre!
Estrelas

E um Beijo.
Um apenas.

"Conhecer"

Conheço teu rosto

Conheço teu sorriso.

Conheço teu corpo delicado.

Conheço tuas mãos, tuas carícias, tantos de teus dotes e segredos.

Mas não te conheço...

2006-07-22

"Miragens"

É Verão e nada faz sentido.

Gélido e árctico respirar.

Mãos são miragens, são cubos de gelo.

É Verão e então?

Só no calendário as estações fazem sentido…

Cá fora é o caos na sua beleza interstelar

Nada como de hábito.

Venha o calendário, com toda a sua manha matemática e cosmográfica.

Mas serão sempre miragens, cubos de gelo.
Só um dia de sorrisos derreterá este desterro.

2006-07-19

"Há"

Há sede que não se sacia, nem se aplaca. (Disse-me um dia teu beijar)

Há fogo que não se extingue nem se aplaca. (Disse-me um dia teu olhar)

Há fome que não termina, nem se alivia. (Disse-me um dia teu Amar)

"Se"


Se até o ar se incendeia quando aqui estás será Inferno?

Se toda tu és desejo e todas tuas palavras milagres será Sacrilégio?

Se toda tu és carícias, acalmia depois da tempestade, será Céu?

Se as linhas destas mãos fossem tão perfeitas como a cova de teu queixo, todo o instante seriam carícias e todas carícias teu rosto e todo teu rosto minhas pequenas mãos.

"Fotos e memórias"

São fotos e memórias nossas tiranas, meu Amor.

Não o sabia então, não fazia ideia.

Limitava-me a abraçar-te e beijar-te e ter-te nas mãos.

Limitava-me a arder no fogo da tua luz, no fogo da paixão.

Não o sabia, não fazia ideia, então.

Rasgo folhas do calendário e nesta sucessão de memórias construo sucessões de dias.

Dias que guardo empilhados em largas gotas, para libertar um dia. Como suspiro, como grito de dor.

E aquece-me tua memória, teu rosto, teu corpo de menina de então.

Fotos e memórias, não as tinha então.

É só o que tenho agora.

Por isso não partas, queda-te mais um pouco, neste álbum de memórias e fotografias um dia Coradas, hoje Desmaiadas.

2006-07-16

Pólvora e Inês



Pólvora e Enxofre
Azul
Verde
Vermelho
Branco
Brilhante Branco
Quase entra cá em casa.
Quase promessa de cor e de vida.
Recorda-me um sorriso
E permito-me ser Pedro.
E permito-te seres Inês.
Dourado fogo, paixão.
Nossa paixão dourada fogo
E Rubros rostos pela madrugada
Em estalos em estrondos coloridos.
Perco-me será fogo de artifício
Serão tuas palavras
Será sonho será imaginação
Pendurado desta varanda, o fogo entrando vista dentro, janela adentro
É bênção de pólvora e potássio e cobre e magnésio…
Alumínio, branco alvo, alumínio, alvo sorriso.
Explosão cá dentro como da primeira vez.

Contigo será sempre como da primeira vez!

Ferro, dourado ferro e pólvora, estouro, um estouro, sempre todas as vezes!
Hoje desta bancada de fogo, abraço e vejo o fogo e estás aqui comigo.
Essa certeza basta-me
Como lua cheia e embalos quentes e carinhosos
Todos os dias.
E permito-me ser Pedro.
E permito-te seres Inês.

2006-07-15

Festinha

Festinha popular aqui mesmo á porta.

Encanto da janela.

Homem dança com mulher e mulher dança com mulher, tal é a falta de homens na rua…

Mas não na barraquinha das cervejas…

Insectos da noite rasam as lâmpadas e sonham ser borboletas.

Cantam o és tão boa, és tão boa. A música não acaba e lembro-me de “R.”.

És tão boa, és tão boa darias umas risadas valentes se cá estivesses também debruçada na janela.

Noite quente.

Evapora o suor e o álcool também…

Saliva colada ao céu-da-boca, como a língua, áspera.

Espaço para sorrisos, e farturas…

Farturas de sorrisos.

É festa.

2006-07-12

É Festa!

É festa.

Passam as velhas gaiteiras de saias coloridas e os putos de assobios na boca.

É festa.

Todas as cores em fogo no céu nocturno, todas as estrelas, hoje, renascem por alguns segundos de novo.

É festa, toda a cerveja é fresca, toda a água da fonte, todo o suor perfume e todo o perfume essência.

É festa, até os feios têm sorte, abraços e beijos e sonhos de futuros rosados.

É festa, soltaram as luzes nos céus nocturnos.

O Oceano é Soberano, mas a Soberba está no Céu!

2006-07-11

Se Soubesses



Se soubesses, o carinho que ainda cá guardo na alma, voltarias?
Se soubesses, que desde que foste o carinho cresceu cá dentro do peito, voltarias?
Se soubesses, que me quedo, sozinho sem amigos, sem luz e sem raios de luar, voltarias?

Se soubesses, o carinho, que ainda cá mora, ainda te recordavas de mim?

Garantia?

Garantia apenas a Paixão e um eterna luta pelo Amor!

2006-07-10

"Traças"

Lua cheia de brilho imenso.
Traças correm para a luz.

Lua cheia de perfume intenso
Traças correm para o odor.

Lua cheia de luar demente
Traças acotovelam-se pelo ar.

E se seduz não é por mal.
E se te traz dor não é por mal.
E se te dá desamar não é por mal.

Lua cheia, longe, calor.
Busca refúgio a legião de traças.
E calor, meu amor, calor.

Lua cheia, que dizes e que contas…
Escuto-te e rendo-me por igual.
Nem precisas de sorrir.

Nem precisas de sorrir outra vez.


E afinal quanto tempo, faz o tempo, que?...

É sempre longe demais, curto demais e mesmo assim tempo demais.

Traças, busca de calor…

Fogo a arder.
Chamo-lhe paixão.
Chamo-lhe doença.
Chamo-lhe inferno.

Fogo a arder.
Chamo-lhe mergulho final.
Ébrio, luxúria e asas em fogo e pequenos corpos contorcidos em fogo.

Tudo vale, menos no pouco, imenso, tempo que temos, cerrar as asas, cerrar os olhos e apenas morrer…

Traças, lua cheia, tempo de viver, tempo de arder.



Fogueira.
Fogueira de vaidades.
Fogueira de mentiras.
Fogueira de verdades.
Fogueira de pequenos corpos a arder.





Traças, fogo meu, pecado meu, suspiro meu, tudo vale menos cerrar as asas e acabar o voo.

Traças, corpo a arder, tudo vale, menos, apenas morrer.

O jogo e as regras...


As regras:

Um lançamento pode ser de 2 ou 3 pontos.

Existem os lances livres de 1 ponto.

É assim simples.

O jogo é dividido em 4 períodos de 10 minutos…

Qualquer jogador que faça 5 faltas está fora do jogo.

É tão simples!

Há mais umas quantas regras, claras, límpidas, matemáticas mesmo.

Não há mais nenhum jogo assim, muito menos o jogo da Vida!




2006-07-04

"Mulher"

Não és o que revelas, és sim o que encerras.


Não és o que fazes, és sim o que sonhas.


Não és lágrimas, nem és sorrisos…


És mulher!

2006-07-01

"Ainda e Sempre Inês e Pedro"


Se o Céu azul celeste é infinito, feliz, porque não nós doce Aia?

Se o Oceano esmeralda é tremendo, vivo, porque não nós Sereia?

Flores, brisa, beijos, toda a vida aqui.

Flores, brisa, beijos, toda a morte aqui.

"Pedro e Inês"




Dizem de Pedro e Inês, juntos até ao Fim do Mundo.

É tremendo tempo;

É também tremendo Amor.


Dizem de Pedro e Inês, junto a suas tumbas, juntos até ao Fim do Mundo...